quinta-feira, setembro 11, 2008

Primeiro percalço rumo ao Mundial 2010

Grande jogo de futebol ontem à noite em Alvalade.

Portugal e Dinamarca deram um excelente espectáculo com as duas equipas a usarem os seus melhores atributos para garantirem os três pontos em jogo.

Portugal joga bem, muitas vezes, muitíssimo bem. Um meio campo que sabe construir jogadas muito bem delineadas, sempre a aliar a técnica à velocidade. Se é certo que Portugal constrói e ataca bem, também é inegável que finaliza e defende ( jogo aéreo e bolas paradas) muito mal.

A questão do jogo aéreo é um factor que incomoda a equipas das quinas. Não há equipas que não tenham pontos fracos e Portugal não foge à regra e essa fraqueza é mais notória quando joga contra adversários muito mais fortes no aspecto físico.

A Dinamarca fez o seu jogo: pressionou bem, manteve sempre as faixas laterais de Portugal bem vigiadas e espreitou sempre o golo em jogadas de contra ataque.
Torna-se curioso constatar que o 2º e 3º golos dinamarqueses tenham nascido de um canto e de um lançamento lateral (à Binya), contrariando a estratégia de contra ataque dinamarquesa.

Podem dizer que os nórdicos tiveram uma grande borra porque estiveram para levar uns 3 ou 4 e depois conseguiram marcar dois em período de compensação. Possivelmente. Também se pode dizer que sempre que chegaram à baliza portuguesa, foi com perigo.

Destaques:

Deco é o jogador português que mais gosto de ver jogar. Ontem deu "show" e é certamente um dos mágicos do futebol mundial.
Bosingwa, Paulo Ferreira e Hugo Almeida também estiveram muito bem.

Poulsen mostrou que a Juve não contrata ao acaso, Andersen defendeu bem a baliza, Brendtner é capaz de rebentar qualquer central e Borring entrou para dinamizar o lado esquerdo do ataque dinamarquês.

Tarefa árdua num grupo muito difícil.....

5 comentários:

AlémTejo100Lei disse...

A minha ligação à TV Cabo pifou a meio do jogo :(

Hugo Rocha Pereira disse...

Li na capa dum jornal que Portugal não perdia em casa num jogo de apuramento para mundiais há cerca de quinze anos... também com Carlos Queirós como seleccionador...

Diego Armés disse...

Embora goste muito do Bosingwa, continuo a achar que o gajo não é muito certeiro a defender. De vez em quando, perde-se em campo. No primeiro golo da Dinamarca foi papado duas vezes - a primeira por estar mal posicionado e a segunda por que não se faz ao lance como deve... Um caso a rever. Às vezes, tenho saudades do Miguel.

De resto, preocupa-me um pouco que o protagonismo nesta equipa tenda a cair a gajos que são "fracos" em termos de carisma e de espírito (se os compararmos com a geração Figo, por exemplo). Tirando o Deco, os restantes são um bocado medíocres neste capítulo (e não me batam os Ultras Mãe Pátria XXI aqui do tasco por eu ter a maior das satisfações em ver um jogador daquele nível a representar o meu país...).

Marlon Brandão disse...

Gostei particularmente do título de capa do Record: "Há Coisas do Car(lho)avaggio".

De resto, de uma ingenuidade comovente, própria de equipas sub 21, depois de um tratado de bola, recital quase exclusivo de um extraordinário jogador tuga chamado Deco.

Rhodes disse...

Olhem lá essas merdas, ainda irritam o pilinhas...