quinta-feira, outubro 20, 2005

Vamos por partes

Antes de tudo, devo referir que a melhor análise do jogo de ontem foi dada pelo treinador do FCP. As primeiras palavras de Adriaanse foram qq coisa do género: "Ganhámos porque hoje tivemos a sorte do nosso lado. Fizémos dois golos felizes e o Inter falhou algumas oportunidades claras de golo."
Não posso estar mais de acordo. Apenas acrescentaria que a sorte procura-se e, ontem, o FCP foi atrás dela. A ideia que transpareceu foi que houve uma equipa realmente preocupada em ganhar o jogo enquanto a outra andou adormecida durante os 90 minutos.
Em relação aos desempenhos individuais deixo aqui a minha análise de alguns dos jogadores do FCP:

Baía: Exibição segura e com classe. Mostrou, mais uma vez, por que razão o lugar da selecção está mal entregue.

Pedro Emanuel: mostrou ser claramente melhor que Ricardo Costa. Tem, pelo menos, o condão de colocar ordem na defesa. Convém não esquecer que ter Pepe ao seu lado é substancialmente diferente de se ter um cretino chamado Bruno Alves (outro que não é, nunca foi ou será jogador de futebol). De realçar também o trabalho defensivo notável de Paulo Assunção que lhe facilitou ainda mais a tarefa. De qualquer maneira, admito que o Pedro Emanuel possa ser um bocadinho jogador de futebol.

Pepe: Ganhou claramente o duelo a um Júlio Cruz desinspirado e que só não foi expulso por complacência do árbitro. Foi a muleta de Pedro Emanuel e não comprometeu.

Bosingwa: Discreto até aparecer o Recoba. Mesmo a jogar a passo o uruguaio fez-lhe a vida negra. Do seu lado nasceram as jogadas mais perigosas do Inter. Continua a não ser jogador de futebol.

Marek Cech: preciso de o ver a jogar contra um extremo que esteja acordado em campo. Figo quase não existiu na segunda parte.

Quaresma: O melhor em campo. A velocidade, técnica e visão de jogo deste jogador são claramente acima da média (padrasto da mariana incluído). Fez a diferença e trocou as voltas à defesa do Inter, em especial a Cordoba. Falta-lhe ainda alguma maturidade que será atingida (assim Adriaanse o queira) durante a presente temporada. Saíu ovacionado. É, de longe, o melhor extremo a jogar em Portugal.

Hugo Almeida: Alto e lutador. Tem pormenores que o definem como um razoável jogador de rugby. Quem aqui no estalada tinha dúvidas pode tirá-las ontem. Certos remates à baliza chegaram a ser confrangedores. Não é, nunca foi nem será um jogador de futebol.

Paulo Assunção: Em minha opinião, o segundo melhor em jogo. Limpou o meio-campo e deu a estabilidade defensiva aos centrais que não tinha existido contra o SLB. Depois da exibição de ontem deverá ter a titularidade garantida.

2 comentários:

Anónimo disse...

Em relação ao Marek Cech se o Figo quase não existiu foi graças à sua actuação que o anulou por completo.
Um miúdo de 22 anos que é lançado às feras num jogo desta importância e anula o Figo é porque deve teve jeito para a bola, mas só os próximos jogos o dirão.
Quanto à análise do jogo pareceu-me bem feita, podem ter sido 2 golos de sorte,mas também na 1ª jornada com o Glasgow o 2º golo é em falta.
Resumindo a vitória é justa, fomos quem mais a procurou.
PS: as entradas assassínas continuam a não ser punidas com cartões vermelhos, se fosse ao contrário...

Edson Arantes do Nascimento disse...

Sobre o Quaresma: "É, DE LONGE [e de perto?, pergunto eu], o melhor extremo a jogar em Portugal."

As imbecilidades pagam-se caras. O teu clube já pagou e agora esta na merda que está. Tu acompanhas.