Embora tenha assistido aos últimos jogos do FCP, vou abster-me de uma análise desportiva porque os resultados são reveladores por si próprios.
Não deixo, mesmo assim de reparar, que o plantel do FCP ultimamente tem sofrido uma mutação que ontem, contra a Naval, trouxe uma nitidez brutal ao facto da equipa parecer uma autêntica guerrilha colombiana (os comando de Ernesto Rojas, Guevaristas ou os homens de Simón Bolívar). Tudo bons rapazes, como se sabe. Geralmente simpáticos para os forasteiros e muito bem aparentados. O traço máximo transversal que sustenta a comparação é mesmo a abundância de barbas e tango latino na equipa que defrontou a Naval (a comunicação em campo faz-se em espanhol, claro). Passo a identificar a posição de cada um na Guerrilha.
Nuno Espírito Santo – Latino duro que tem por hábito bater palmas e arregalar os olhos quando sente o cheiro a gás mostarda no ar.
Benitez – Capataz de ala esquerda limitado à sua franca insignificância.(este gajo é muito mau…)
Rolando – Canibal “brinca-tanto” que, quando não está a dormir em relação à invasão do perímetro, opta por uma culinária diferente da restante guerrilha.
Bruno Alves – claramente um mexicano bastardo que se dá bem na luta corpo a corpo com os cotovelos. Foi promovido a sniper desde que acertou um tiro no Lumiar e agora vive (erradamente) convencido de que é essa a sua vocação.
Sapunaru – Claramente o refém europeu. Vai ganhando complexo a cada vez que lhe falam de uma veloz lenda africana que chegou à habitar a sua área de cativeiro.
Rodriguez – É o cozinheiro da guerrilha (Cheech dixit). Faz chorar por mais os apreciadores dos seus caldos ricos em cebola. Mercenário que trocou guerrilha por guerrilha rival, vive ultimamente transtornado por ter visto o seu jeep ser danificado em Bogotá, com a sua filhinha no interior. (não se faz…)
Raulito – Filho de holandeses que se juntou à guerrilha ainda pequeno, habituado à má vida de guerrilhas vizinhas de igual estirpe. Curiosidade: deve ter o rosto de Che Guevara tatuado algures entre os tribais.
Lucho – É claramente o capitão desinspirado da guerrilha. Persistente no cabelo seboso que revela em cada batalha. Abatido por permanecer numa guerrilha em que já não pode subir muito além do que já fez em tempos.
Tomás Costa – É o vampiro noctívago da guerrilha. Suga o sangue de algumas investidas de ataque.
Lisandro Lopez – Excêntrico atirador que tem por hábito acariciar a careca a cada inimigo morto. Diz-se no meio que ambiciona uma maior mensalidade sob ameaça de “fechar a loja de tiros certeiros”. Barba à guerrilheiro que curte metal escandinavo, claro.
Segundo batalhão:
Hélton – Sambista renegado que é impossível contactar por telemóvel por nunca ter rede.
Hulk – Canhão solto atiçado no Japão que sabota a eficácia da restante guerrilha com um autismo que o leva a disparar a cada vez que algo mexe, sem qualquer noção da estratégia planeada. Mantém alcunha que o deixa camuflado na mata e mais sujeito a um processo de plágio instaurado pela Marvel.
Bollati – Puto-maravilha adoptado pela guerrilha após rapto que chora a cada semana por não ter direito sequer a pegar numa arma de chumbinhos.
Palavra tabu entre os entusiastas da guerrilha: “Quaresma”, que, mesmo assobiado, ainda ia safando qualquer coisa e que agora tanta falta faz. Emigrou para a Itália dos mafiosos.
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