dois apontamentos sobre a publicidade desportiva

aproveito este post para me referir àquele que é o assunto do dia: o estado calamitoso em que se encontra a publicidade nacional e o contraste que mantém com o que chega do estrangeiro (tipo craque a aterrar no aeroporto da portela na temporada do defeso).

ou seja, começo pela análise daquela que acho ser a mais vergonhosa campanha publicitária dos últimos tempos. desculpem lá, mas que merda é aquela aos saltos e a aplaudir as trivelas do Quaresma?! Não bastou a divida de hamburgueres que deixou por pagar ao puto no Mundial do Japão? Falha centenas de golos por época, sabotando muitas vezes o culminar da equipa, e agora vem ainda gritar "alé, alé" em celebração de uma das mais letais armas de um clube rival. Isto está tudo maluco. Comia eu um tagliatteli de atum quando vi essa merda e as náuseas foram tais que achei que podia não ter latrina suficientemente larga para toda a bilis que tinha para soltar. Pensei por momentos deixar a TMN e aderir hoje mesmo à Fodavone ou Optimus. Que horror... Vou ter de ver a trailer do novo filme do Woody Allen esta noite antes de ir para a cama para me purificar da imagem horrenda que é a Luciana Abreu aos saltos com cabelo a mais em vez de silicone.

Muito melhor é a publicidade da Nike em que o público vê o mundo através dos olhos das estrelas da bola. Sim, também eu gosto das namoradas dos jogadores e dos beijinhos que dão, mas o que me impressiona mais nessa publicidade é a ousadia de terem incluindo um cameo do Ronaldinho (o amigo Cheech sugere que pode também ter sido o Imperador Adriano) na sequência do vómito ao chão. Ah! Só agora percebi tudo: esses artistas decadentes têm certamente acesso a televisão por satélite e viram a mesma publicidade TMN que eu vi. Está tudo esclarecido.

(Remate final: a conclusão esclarecida deste post faz dele uma antítese dos cagalhões que o Antonis vem aqui debitar.)