domingo, novembro 27, 2005

Robgol - o artilheiro (dedicado ao Cheech)

Robson, o Robgol, é um centro-avante de fraco nível. No entanto, e sem explicação aparente, marca que se farta - foi artilheiro em quase todos os clubes por onde passou (Náutico, Paysandu - clube actual -, Santos, Botafogo, e mais trinta).

É, também, um grande figurão. Tem um estilo desajeitado, de quem não quer nada com a bola e é altamente supersticioso. Vejam só estes excertos de uma entrevista publicada no placar.com.br. Vale a pena, acreditem.

«(...) Placar - Os marcadores costumam intimidar os atacantes por meio de xingamentos. Você já encarou um zagueiro que fizesse diferente e falasse coisas curiosas ou engraçadas naquele ‘mano a mano’?

Róbson - Tem um jogador que sempre é engraçado nas vezes que eu jogo contra ele. É o Índio, que agora está no Juventude e com quem já joguei junto. Ele é cheio de brincadeiras, dá moral pra gente, enche a bola. Diz assim: ‘você joga muito’, ‘você é o melhor do mundo, artilheiro e matador’. E isso me deixa sorridente, envaidecido. Sinto que ele fala com sinceridade.

Placar - Artilheiro tem que ser supersticioso?

Róbson - A gente sempre tem superstição, né? O ser humano é cheio dessas coisas. E eu tenho costume de cheirar minha chuteira antes de calçar e ir pro jogo. Isso é uma coisa que eu comecei a fazer em 1995, quando eu jogava no MAC, do Maranhão. Depois disso, os caminhos se abriram pra mim, sempre fui artilheiro onde passei. E não deixei de fazer isso.

Placar - Não tem dias em que o cheiro está desagradável?

Róbson - Não, até porque o cheiro é o mesmo desde 1995. Você acredita? Não sei te explicar. O cheiro é o mesmo e me leva para aquele momento que eu vivi no Maranhão. E sempre que eu faço isso, vem aquele cheirinho de 1995, cheirinho de gol...

Placar - E a história da cueca?

Róbson - É sempre uma por temporada. Eu uso a mesma em todo jogo, do início ao fim do ano. É uma coisa que também me dá sorte.

Placar - Ela já deve estar meio desbotada, não?

Róbson - Já está até rasgando... E eu tenho todo o cuidado do mundo com ela. Já até falei pro roupeiro para sempre cuidar direitinho dela porque a bichinha está desgastada.»

1 comentário:

Cheech disse...

ROB,ROB,ROBIGOU!!!
Essi cára é fóda!
Arrisco que o livro preferido do jogádô é o perfume.
Muito bem seu Edson.